A arquitetura brutalista é, antes de tudo, impossível de passar despercebida. Com estruturas impactantes, concreto à mostra, e uma estética que valoriza a funcionalidade, esse estilo arquitetônico provoca diversas reações; fascínio para uns, estranhamento para outros.
Mas, uma coisa é certa: ele deixou sua marca no mundo e segue influenciando projetos até hoje.
Historicamente, o estilo brutalista surgiu após a Segunda Guerra Mundial como resposta à necessidade de reconstrução e funcionalidade urbana. Com isso, o brutalismo rapidamente ganhou espaço. Em 2024, o interesse pela arquitetura brutalista chegou também às telas de cinema.
O filme “O Brutalista” é um reflexo desse movimento: um longa que não somente retrata, mas traduz visualmente todo o impacto que esse estilo carrega, tanto nas construções quanto nas narrativas humanas.
Vamos saber mais? 🙂
O que é Arquitetura Brutalista?
A arquitetura brutalista é um estilo arquitetônico que chama a atenção principalmente pela força visual e ausência de enfeites. Vale destacar que o termo vem do francês brut, que significa cru ou bruto.
O Brutalismo ganhou força entre as décadas de 1950 e 1970, justamente por valorizar as formas geométricas fortes, linhas retas e grandes volumes.
Nada está ali por acaso. Na verdade, o que sustenta o edifício é o que fica em evidência. Ou seja, sem revestimentos, sem “maquiagem”. Para muitos, é um estilo polêmico. Para outros, no entanto, é uma obra de arte fora do tradicional.
O contexto por trás do Brutalismo
De modo geral, o estilo brutalista surgiu no contexto pós-guerra, entre as décadas de 50 e 70, como uma solução para reconstruir cidades devastadas pela Segunda Guerra Mundial.
Era um período marcado pela falta extrema de recursos e alta demanda por moradias. Portanto, nesse cenário, a arquitetura buscava soluções práticas, econômicas e rápidas de executar. É justamente nesse momento que o concreto se torna um protagonista: um material resistente, acessível e que permitia liberdade para criar.
Entre os nomes mais influentes do brutalismo está Le Corbusier, considerado um dos precursores desse estilo. Além disso, outros grandes nomes associados ao movimento são Alison e Peter Smithson, no Reino Unido, Paul Rudolph, nos Estados Unidos, e Vilanova Artigas, no Brasil.
6 obras que traduzem a essência da Arquitetura Brutalista
Certamente, o brutalismo deixou sua marca em diferentes partes do mundo com obras que ainda provocam opiniões e provocam reflexões sobre forma, função e estética.
- Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo
- Trellick Tower – Reino Unido, Londres
- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – São Paulo
- Habitat 67 – Montreal, Canadá
- SESC Pompeia – São Paulo
- Unité d’ Habitation – Marseille, França
Por que a Arquitetura Brutalista divide opiniões?
O brutalismo é um dos estilos arquitetônicos mais controversos até hoje. Para alguns, suas formas encorpadas, o uso excessivo de concreto aparente, e a estética “fria”, “pesada” ou “industrial”, causam estranhamento.
Por outro lado, muitos arquitetos, artistas e urbanistas veem no brutalismo uma beleza autêntica e uma expressão honesta do que é a estrutura. Além disso, sua força visual e presença marcante fazem dele um estilo único, com grande valor histórico e simbólico.
Dessa forma, essa dualidade é justamente o que mantém a Arquitetura Brutalista em constante debate. Amado por uns, rejeitados por outros, mas impossível de ignorar, rs.
Cinema e arquitetura: O Brutalista
Particularmente, o filme “O Brutalista“ é uma verdadeira declaração estética. O filme, dirigido por Brady Corbet, coloca a arquitetura brutalista no centro da narrativa, usando suas formas expressivas como pano de fundo.
A história acompanha um imigrante húngaro, arquiteto visionário, que se muda para os Estados Unidos com sua esposa nos anos 50. Ao longo de 30 anos, acompanhamos sua jornada pessoal e profissional, repleta de transformações culturais, crises existenciais e grandes projetos arquitetônicos.
Sem dar spoilers (prometo), o filme mistura arte, história e arquitetura de forma sensível, e transforma o brutalismo para discutir identidade e pertencimento. É uma obra que atrai tanto os amantes do cinema quanto os apaixonados por arquitetura. Fica a indicação! 🙂
Um estilo que provoca e inspira
Em resumo, a arquitetura brutalista vai (muito) além de paredes de concreto, ela carrega conceitos profundos sobre função, estrutura e expressão.
Talvez você já tenha passado com pressa por um projeto brutalista e nem se deu conta dos detalhes. Então, que tal olhar com outros olhos? Ou se envolver por “O Brutalista“ e mergulhar de vez nesse universo feito de concreto?
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