A biomimética é uma área da ciência que estuda as estratégias e recursos utilizados pela natureza, com a intenção de desenvolver outras áreas, como a arquitetura. A natureza não deve ser vista apenas como uma fonte de recursos para o homem, mas, sim, como um conjunto de sistemas complexos que estimulam a busca por inovações em outras áreas.
É uma área considerada o futuro do design, pois, além dos recursos e paisagens, a natureza oferece diversas soluções que favorecem o desenvolvimento da arquitetura sustentável, que é o que buscamos diariamente.
Um exemplo clássico de arquitetura biomimética é o Estádio Nacional de Pequim, palco dos Jogos Olímpicos em 2008. Mas, além dele, existem outros exemplos que veremos a seguir.
Aproveite!
Qual é a importância da arquitetura biomimética?
Reforçando…
Biomimética é a ligação de dois termos gregos: bio (vida) e mimésis (imitação) ou imitação da vida.
A arquitetura biomimética é uma forma de projeto em que a construção é desenvolvida a partir de estruturas naturais, como o Estádio Nacional de Pequim, que lembra um ninho de pássaro.
São profissionais que se baseiam na natureza para desenvolver projetos sustentáveis e modernos, revolucionando o design e os processos da construção.
Outro exemplo é um trem japonês que teve um pássaro chamado martim-pescador como inspiração para evitar ruídos e a barreira do ar em túneis e exteriores. Esse trem chega a 299 km/h.
Quais são os exemplos de biomimética na arquitetura?
Desde os anos 90, profissionais utilizam a biomimética para desenvolver seus projetos, mas foi nos últimos anos que esse movimento ganhou força e visibilidade. Acompanhe abaixo.
Estádio Nacional de Pequim
O Estádio Nacional de Pequim, também conhecido como Estádio Nacional ou Ninho de Pássaro, é um estádio que fez parte das Olimpíadas em Pequim, na China, em março de 2008.
Recebe o apelido por realmente imitar um ninho de pássaro. Foi construído dessa maneira por possuir estabilidade e resistência, considerando que a região possui incidência de tremores e terremotos.
Eastgate Center do Zimbábue
O Eastgate Center é um centro comercial e bloco de escritórios no centro de Harare, Zimbábue, projetado para ser ventilado e resfriado naturalmente. Foi um dos primeiros projetos a utilizar resfriamento natural com esse formato.
Esse projeto foi inspirado nos cupins. O cupim constrói o cupinzeiro e consegue manter a temperatura em média de 30°C. Impressionante, não é?
Pavilhão Quadracci, Museu de Arte de Milwaukee
O Museu de Arte de Milwaukee, também conhecido como MAM, é um museu de arte em Milwaukee, Wisconsin, nos Estados Unidos. Sua coleção contém quase 25.000 obras de arte e é um dos maiores museus dos Estados Unidos.
O grande detalhe é que o pavilhão possui um teto móvel inspirado em pássaros, em forma de asas, que abrem e se fecham conforme o clima. O teto possui sensores que monitoram a velocidade e direção do vento. Incrível!
Concluímos que a natureza é extraordinária, né?
Existem outros projetos como o Centro Aquático Nacional de Pequim (os chineses gostam de arquitetura biomimética), o Templo de Lótus (Fariborz Sahba) e o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro.
É curioso que o mesmo arquiteto, Santiago Calatrava, que projetou o Pavilhão de Quadracci, também projetou o Museu do Amanhã (conheça melhor aqui).
Particularmente, gosto muito do Estádio Ninho de Pássaro. E você?
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